quarta-feira, 15 de maio de 2013

O CAMINHO DA CURA II

 Aprenda a depender somente de Deus. Não trabalhe somente pelo dinheiro. Este ponto, também abordou o Reverendo Jeremias Pereira. Eu sou Pastor a 32 anos. Já podemos presenciar milagres extraordinários do Senhor, em nossa vida e família. SEMPRE o Senhor foi fiel. Quando eu fui chamado para o ministério Pastoral, um dos maiores medos era, exatamente, como seria sustentado e como sustentaria minha família. Esta coisa de “depender” de Igreja, de pessoas, de conselhos ou assembleias, não me parecia muito seguro. E não é mesmo. Por isso, precisamos depender de Deus, e JAMAIS de pessoas ou organizações. La pelos idos de 1977, eu abri a Bíblia e perguntei ao Senhor se Ele iria me sustentar. Então meus olhos encontraram o ultimo versículo: “E quanto a sua subsistência, de contínuo lhe foi dada pelo rei, a porção de cada dia no seu dia, todos os dias de sua vida. II Reis 25:30.”. Eu recebi como uma revelação do Senhor para minha vida. Até hoje Ele não falhou! Todavia, por muitas vezes me vi em situação de aperto, de dor e gemidos, diante de períodos de desertos. Mas, o “maná” caía, e caía a cada dia. Foram anos de suprimento diário, à conta gotas, mas milagroso. Houve momentos de fartura, de possibilidade de “festas”. Houve um tempo em meu ministério que enfrentei tremendas oposições na Igreja. Meu salário já havia sido cortado umas três vezes. Minha casa fora devolvida ao banco, em função dos cortes de salário. Depois veio o corte do plano de seguro médico. Era contra a lei estadual. Não houve misericórdia nem para com o Rafa que com sua síndrome não poderia ficar sem os médicos. Minha esposa e eu decidimos, por orientação do Senhor, não lutar, não brigar. Havíamos decidido entregar nossos “direitos” ao Senhor. Mesmo assim éramos acusados de manipulação, má administração, roubo, e tantas coisas mais. Um membro daquela igreja, vinha à todas as reuniões administrativas e me afrontava: “Você ganha bem. O povo está sofrendo pra ganhar o pão de cada dia e você aí, sem fazer nada (Pastor não trabalha, eu acho que ele achava), na boa, recebendo este salário enorme. Quero ver se você é capaz de sair aí fora e procurar emprego. Isso sim eu quero ver”. Era duro de ouvir. Mais duro ainda de engolir. Mas, eu estava estudando outra vez. Voltara para aos estudos, fui lutando e lutando até, em meio a gemidos e dores e falta de grana, consegui um doutorado (que paguei dando aulas), em aconselhamento. Na hora que terminei meu doutorado, a crise veio e mais cortes de salários chegaram. Fui ao campo, arrumar trabalho, e arrumei. Comecei a ganhar bem mesmo. Então, no meu coração dilacerado pelas blasfêmias e calúnias, pensei: “Quer saber de uma coisa? Nunca mais vou depender do salário de Igreja e de gente mesquinha. Vou depender de mim mesmo. Olha só como estou ganhando bem!”. Meu amigo, Deus ouviu as vozes de minha arrogância. No dia seguinte meu chefe me chamou e me deu uma bronca tão grande, e ameaçou despedir-me. Voltei pra casa “com o rabo no meio das pernas”, e disse à minha esposa: “Sabe o que me disse o Senhor, enquanto meu chefe gritava comigo nesta manhã? O Senhor me disse: Seu sustento não depende, nem nunca dependeu, nem de igreja, nem de chefe, nem de grandes corporações, nem muito menos de você mesmo. Seu sustento sempre dependeu e sempre dependerá de mim, o Senhor! Deu pra aprender esta lição finalmente?”. Sim Senhor, sim Senhor, respondi. Depois disto, minha performance melhorou muito naquele trabalho. Atendi dezenas de pessoas e fui muito, muito bem pago por meu trabalho. De certa forma, aquele sujeito com aquela “ponta de faca” (língua pontuda e envenenada, preta na ponta por estar bronzeada pelo sol, uma vez que vivia muito tempo exposta, fora da boca) na minha barriga, fora uma benção de Deus, pois descobri que o Senhor pode dar graça a um velho como eu, para estudar e trabalhar. De maneira que, embora reconheça os tempos de crise, também aprendi não ser preguiçoso ou vagabundo e, especializar-se, em pelo menos uma área, lhe dá muito mais chances de ser bem-sucedido, do que só ser um “critico (estúpido) profissional” de plantão. Depois, você olha as histórias de vida de uns e outros e, vê que a Bíblia tinha razão. Agora tenho que confessar, outra vez: com a velhice às portas (já entrou na sala de estar), percebo-me às vezes preocupado, pensativo e perguntando como será. Quando já não puder mais trabalhar, como sobreviveremos? Então Ele, Ele, Ele, cheio de graça e paciência, volta e deixa claro outra vez que dará Seu jeito. Fará Seus milagres. Sua promessa ainda é válida: “a porção de cada dia no seu dia, TODOS os dias de sua vida…”. Nada de ansiedades. Bastará equilíbrio em como gastar e algum planejamento em como guardar, quando puder. No demais, SEMPRE, é dEle, de onde nos vem o sustento.
5. Aprenda a restituir. Geazi, perdeu a chance de restituir. Ele poderia ter corrido atrás daquele comandante, pedir perdão e DEVOLVER o que não lhe pertencia legitimamente. Pare para pensar: Naamã, o grande super-herói da Síria, homem muito honrado pelo rei da Síria, não impediu outros dois ou três ataques do rei da Síria contra Israel. Isto me impressiona. Por que será? Será que o “contratestemunho” de Geazi, teria “maculado” a experiência de conversão deste “novo crente”? Será que estamos nos apressando demasiadamente em tirar “ofertas” dos ricos e celebridades, que recém se converteram em nossas igrejas? Basta um pequeno deslize moral, para que o inconverso e inimigo encontre todas as razões para nos atacar outra e outra vez. Não creio que o mundo espere por crentes perfeitos. Mas, pelo menos, não deveríamos ser um pouquinho mais COERENTES? Seria bom não errarmos, não pecarmos. Mas, se o fizermos, deveríamos reconhecer, pedir perdão e fazer o que for possível para corrigir e restituir sempre que for preciso. No mínimo!

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