quarta-feira, 15 de maio de 2013

CONTINUAÇÃO DA REFLEXÃO SOBRE GEAZI

2. ELISEU PEDE PARA O SENHOR ABRIR OS OLHOS DE GEAZI - 2 Reis 6:8-23. Bem provavelmente se tratava ainda de Geazi, uma vez que no capítulo 8 ele ainda é identificado como sendo o moço do profeta Eliseu. Eliseu era tremendamente usado por Deus, que sempre lhe revelava as intenções do rei da Síria contra Israel. Eliseu ficava sabendo até das palavras que saiam dos lábios do rei da Síria em reuniões secretas. Quando o rei da Síria descobre se tratar de Eliseu, manda cercar sua cidade para extermina-lo. De madrugada, o moço se levanta para ir preparar o café da manhã. Quando vai lá fora, vê a cidadezinha cercada por um forte e muito bem armado exército inimigo. O moço entra em pânico e corre dizer de seu desespero a Eliseu. Então Eliseu lhe responde que o exército do Senhor era ainda maior e mais poderoso. Como percebe o desespero de Geazi, Eliseu pede a Deus que lhe abra os olhos, para ver o exército do Senhor. Foi quando o rapaz pôde ver cavalos e carros de fogo ao redor do profeta - 2 Reis 6:17. Geazi viu tudo isto. Geazi presenciou mais este milagre. Parece que uma boa lição aqui é esta: por que o Senhor, que tanto revelava a Eliseu os passos do exército inimigo, não lhe revelou mais esta estratégia do inimigo, dando-lhe assim, tempo para fugir dali? Porque, me parece, que o Senhor nos deixa passar por duras situações, às vezes, pois desta maneira, pessoas à nossa volta serão abençoadas e impactadas, pela maneira como conseguimos enfrentar situações humanamente insolúveis, com serenidade e paz, pois “temos” (temos?) uma visão daquele que é maior e mais poderoso. O Pastor de minha Igreja (Pr. David Uth), pregou outro dia, e disse: “preocupação é o ateísmo em prática. Quanto mais fé, menos preocupação, menos fé mais preocupação”.
3. CONTANDO AO REI DE ISRAEL OS FEITOS DE ELISEU - 2 Reis 8:4-6. Muitos anos haviam passado desde o grande milagre da ressurreição do filho da sunamita. A doença de pele de Geazi não deve tê-lo deixado muito desfigurado, pois o encontramos na corte real; ou fora restaurado em algum momento, que a bíblia não mencionou. Geazi, servo de Eliseu, estava falando sobre o que havia acontecido. Falava sobre Eliseu e seus milagres. O autor bíblico diz que no momento preciso, em que Geazi estava contando sobre o milagre do filho da sunamita devolvido à vida, a própria sunamita apareceu diante do rei. Em Sua providência, Deus usou a Geazi para ajudar a mulher de Suném. Provavelmente, a mulher de Suném seria viúva, visto que não se faz nenhuma menção à seu marido. É incomum que uma mulher comparecesse diante do rei, em um negócio tão importante, em lugar do marido. Mais provavelmente, ela tivesse sustentado a família até que seu filho tivesse idade suficiente. Ela havia estado fora do país por sete anos, durante uma seca severa. Pessoalmente, acredito que este acontecimento foi uma forma do Senhor receber a restauração de Geazi. Também foi a forma honrada como o Senhor tira Geazi da história. Jamais se mencionará o nome dele outra vez, enquanto viveu. Geazi desapareceu da história. A parte triste da narrativa é o fato de que Geazi poderia ter feito o trabalho de Deus. Poderia ter aprendido de Eliseu. Poderia ter sido o profeta importante seguinte, ou talvez, um líder e professor nas escolas dos profetas. Agora, tudo o que ele podia fazer era falar sobre os bons dias do passado, quando ele havia trabalhado com o profeta. Geazi poderia ter feito história, porém, agora, tudo o que ele podia fazer era contar história.
Podemos resumir a vida de Geazi desta forma: os episódios descritos nos capítulos 4-8 do segundo livro dos Reis, nos quais o nome de Geazi é mencionado, dão-nos uma idéia dos altos e baixos verificados no desenvolvimento do caráter desse homem. Os referidos episódios aconteceram:
a. Quando sugeriu uma recompensa à mulher sunamita;
b. Por ocasião da morte do filho da sunamita;
c. Quando ambicionou para si os presentes que Eliseu havia recusado de Naamã, o general sírio;
d. Quando temeu os exércitos do rei da Síria, no cerco da cidade de Dotã;
e. Quando narrou, perante o rei Jorão, os feitos de Elizeu - II Rs 4:12 14, 5:20-24, 6:15 -17, 8:2-5.

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