domingo, 29 de julho de 2012

Um Dia de Pastor e Pai!
Neste Sábado (28 de Julho), fui ao programa de rádio pela manha. Depois do almoço, fomos visitar uma família, cuja primeira filha nascera. Foi um tempo gostoso, singelo. Saí da casa suspirando de alegria pelo privilégio de ser Pastor. Em seguida, o telefone me avisa que um jovem de 17 anos amanhecera muito doente e fora levado para o hospital. Fiz contato com a família e me informaram que o jovem fora diagnosticado de morte cerebral. Corremos para o hospital. A mãe do jovem pulou em meus ombros, chorava, gritava e não me soltava. Eu só conseguia chorar e chorar sem controle. Minha mente lá no céu "brigando" com Deus; meu coração lá no hospital confuso e dolorido....Depois, toca o telefone outra vez. Era uma ovelha preciosa, cujo esposo fora aprisionado pela Imigração. “Pastor me ajude!”. “Pastor, ore por nós! Luta, dor, horror, incertezas. Mas, ainda sobrava àquela mulher,um suspiro pra dizer ao final: “Pastor… próximo Sábado será aniversário de minha filha…o senhor poderia vir e trazer uma Palavra…?” Durante a semana, passarei na detenção, e no Sábado irei ao aniversário da filha deles… Já em casa, por volta de 10 da noite, toca o telefone. Era Bruna, nossa filha, chorando muito..."pai, bati o carro... o carro está destruído...vem me buscar....". Bruna trabalhara toda a semana cuidando de três crianças. Estava voltando pra casa, cansada...perdeu o controle do carro e bateu em outro. Graças a Deus, ninguém se machucou.... Ela esta bem e, em casa.. Um coração de Pastor (e de pai também), precisa ser forte... Uma mistura de emoções e medos, gratidão e susto, louvor e choro... tudo no mesmo dia. Tão difícil de entender e digerir tudo, você não acha?
O Pastor Ed René (a quem admiro profundamente) pregando em Hebreus, disse que há tipos de sofrimento: 1. O contigente; que se nos apresenta a qualquer momento, pois é a exigência ao “privilégio” da existência. 2. O imputado; por aqueles que não gostam de nós por causa do exercício da propagação do Evangelho. 3. O voluntário; aquele ao qual o Pastor (e qualquer servo) se entrega, sabendo que será um preço a ser pago, pois viver em Cristo, antes de significar “resolver” sua própria vida, significará entregar-se total e absolutamente às ações (doloridas e sofridas às vezes) que promovam a realização da vontade do Senhor neste mundo.
Aprendi que o ministério exercido por um Pastor, só poderá ser mensurado em importância, efetividade, frutos e legitimidade, pelo Espírito Santo (e às vezes por ovelhas gratas deste lado do céu), naquele dia diante do trono eterno. O que me dá muito temor. Cada um saberá e dará conta do que fez de sua vida e chamado… Hoje, gostaria de homenagear os Pastores. Não é o "Dia do Pastor"; mas gostaria de dizer que os entendo, que os admiro e que oro por sua casa. Pense nisto. Deus os abençoe. Nassiffão.

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