quarta-feira, 15 de maio de 2013

A QUEDA DE GEAZI

NIVALDO NASSIFF
A QUEDA DE GEAZI. Às vezes, é difícil entender por que alguns personagens da Bíblia agiram de certa forma. Especialmente diante de tantos eventos miraculosos. Ele participou de milagres extraordinários enquanto serviu a Eliseu. A incrível cura de Naamã ocorreu justamente à frente de Geazi. Ele viu, não só o poder de Deus, mas também os atos de seu senhor, que se recusou a receber o dinheiro do grande comandante. Poderíamos pensar que aquele episódio era mais que suficiente para humilhá-lo, diante de Deus e dos homens, mas, aparentemente, isso não aconteceu. Até que ponto, um ambiente de milagres é, por si só, suficiente para nos transformar? Será que nossa decisão tem importância nesta hora? Basta estar no lugar certo, na hora certa, para que sejamos “contagiados” pela unção? Ou algo precisará ser decidido no meu interior? Ou ainda, até que ponto posso conviver com a benção e mesmo assim ter o livre arbítrio de impedi-la de me transformar? O oposto seria verdadeiro? Se eu viver no meio da imundície, da sujeira moral, dos maus costumes e péssimos exemplos, serei contaminado por eles, mesmo contra minha vontade? Um pregador disse que colocar boas coisas na cabeça é sempre mais difícil do que colocar coisas ruins. Ele disse: “coloque dois diamantes soltos na cabeça. Eles escorregarão e cairão. Mas, coloque um casal de piolhos e darão cria! Provavelmente, a mente humana absorve e suga a maldade mais facilmente. Pois, disso ela está formada, como herança do atos de Adão. O grande rei David disse que: “em pecado fui formado”. Creio que se vivermos rodeados do mal; se formos demasiadamente expostos à sujeira moral, acabaremos, mesmo contra a vontade, sendo contaminados por ela. Se vivermos rodeados de bons exemplos, de gente de boa conduta, num ambiente de limpeza moral, de honestidade e, quem sabe de milagres, poderemos, AO MENOS, ter melhores chances do que na situação oposta. Mas, mesmo assim, precisaremos aprender a lidar com as “LEPRAS INTERIORES”, armazenadas em locais secretos de nossa alma. A lepra nos torna “insensíveis” até às manifestações milagrosas do Espírito Santo. Por causa destas “lepras”, somos capazes de entristecer e até extinguir o fogo do Espírito Santo em nossa vida. Leia Hebreus 5 e 6. A “lepra” da cobiça e da compulsão por dinheiro, escondida no coração de Geazi, o fez “racionalizar” em cima de outras lepras escondidas nele: seu “nacionalismo ou preconceito étnico”; sua incapacidade de perdoar um inimigo, que a pouco tempo atrás vencera uma guerra contra Israel, levando muitos israelitas para a Síria e transformando-os em escravos. Estas “lepras”, da compulsão, cobiça, nacionalismo, preconceito étnico e falta de capacidade de perdoar, o fizeram correr atrás daquele homem recém convertido e “tomar alguma vantagem dele”. Também é preciso mencionar que a Bíblia está cheia de advertências contra o amor ao dinheiro e os perigos das posses terrenas. 

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