quarta-feira, 13 de novembro de 2013

REFLEXÕES DO PASTOR NIVALDO NASSIFF 4



OS PRINCIPAIS MEDOS DO CLONE:
1. Ser descoberto dormindo na rede da sexta (pois vão traduzir ou interpretar como vagabundagem);
2. Treme só de pensar na possibilidade de provocar insatisfação ou ira nos outros.
3. Receber uma ligação no melhor momento do sono, as 7 da manhã, e a pessoa que ligou perguntar: “Te acordei? Desculpe”. O clone logo responde, com voz de leão com garganta inflamada: " Nãããoooo!!!! De maneira nenhuma. Já estou na ativa faz tempo - (mentira!!!)”.
4. Descobrirem os julgamentos e exteriorizações (esteriotipações) que faz das coisas e pessoas ao seu redor. Ou seja, dos julgamentos (quase sempre precipitados e intolerantes) que faz dos outros ou de situações contrarias à sua vontade.
5. O clone desempenha sua farsa porque teme o abandono, a falta de apoio, a incapacidade de enfrentar a vida por conta própria.
6. Vive com medo de não ser aprovado pelas pessoas.
7. Fazem o que fazem, não porque é bom ou certo ou porque agregaria valor a humanidade ou a um indivíduo. Antes fazem o que fazem pelo gigantesco medo de não corresponder às expectativas das pessoas.
8. Ser visto no Wal-Mart comprando uma garrafa de vinho e uma caixa de cerveja Logo diz: “É pra usar na cozinha...uma receita que minha esposa achou e me pediu pra comprar isto. Você nem sabe como estou me sentindo...". 
9. Perder o controle de suas emoções em público. Isto é uma das mais desastrosas coisas na vida do clone, pois ele falha em esconder o verdadeiro eu.
10. Ser conhecido em suas debilidades, dores, medos e dúvidas. O clone não pode suportar a ideia de que pessoas conheçam suas fraquezas que o faz tão humano quanto os outros.
11. De receber uma palavra de observação do tamanho de sua barriga. Para o clone, ser gordo é uma denúncia da falta de jejum e de falta de autocontrole.
12. Costuma fugir do silêncio e da solidão. Estas coisas lhe remetem ao estado de abandono e morte. Já muitas atividades e comunicação lembram vida – não gosta de se encontrar no vazio, no silencio e na solidão, pois lá se vê, se confronta. Faz de tudo para impedir a si mesmo de conhecer-se (e que o conheçam) e a verdade sobre ele mesmo (o verdadeiro EU) e de penetrar nas causas mais profundas de sua infelicidade. Nega ver-se quem realmente o é. Não permite a exposição do verdadeiro Eu
Creio que posso afirmar que a essência principal do clone é composta de suas memórias reprimidas. Castigos e rejeições de infância, que provocam ainda muita dor. Que ele sempre julga ser melhor ficarem encobertas. Mas também uma enorme dose de covardia. O clone é assombrado pelo medo de ser descoberto. Uma vida dedicada à sombra é uma vida de pecado. A covardia –que é o medo da rejeição – nos leva a temer o pensar, sentir, agir, reagir e viver o EU autêntico.
Gostaria de lhe dar um exemplo na Bíblia, de uma pessoa que tentou parecer ser o que ainda não era. Em Atos capítulo 5, dos versículos 1 a 11, encontramos a história de Ananias e sua esposa Safira: A tentativa de parecer ser o que não se é. Ser ou não ser. Ou se é ou não há o que ser. Ser sem sermos nos levará à morte. Nos “outonos” de nossas vidas é melhor ficar sem folhas, feio e triste, mas verdadeiro. Pois aí há graça. Se nos fantasiarmos de folhas que indicam a presença de frutos que não estão lá, então não há graça, mas morte. Quem os matou? Será que foi o egoísmo? Será que foi a falta de generosidade? Será que foi a desobediência a alguma regra ou lei? Não! Pensaram que poderiam passar por aquilo que não eram: a mentira do ser! Mentir para Deus? Como é possível mentir para Deus? Mentimos para Deus toda vez que fingimos ser para os homens sobre o agir de Deus em nossas vidas. Mentir para Deus nos leva a morte, mesmo sem morrer. Juízo antecipado? A bíblia diz que tudo isto aconteceu para nos ensinar. Então o juízo de Ananias e Safira foi uma antecipação do juízo divino? Não! O nosso juízo é que, por Deus, está sendo retardado, adiado, na expectativa de nosso arrependimento. Onde está a graça? Não vivemos na dispensação da graça? Houve juízo como na dispensação da lei? Como? Não! Somente precisamos saber que a graça é para aqueles que vivem na graça. A graça não é para aqueles que vivem em meio aos que vivem na graça. Na graça toda mentira do ser é mentira contra Deus. Queriam parecer ser aquilo que ainda não eram. Não podemos artificializar os processos da graça. A graça traz a exigência de vivermos a verdade sobre quem somos. Exige de nós auto discernimento, convencimento, admissão e exposição. Aí há graça. Na graça há aceitação e renovação. Então percebemos quem somos e somos transformado. Fora da graça todo caminho é atalho. A verdade do ser não aceita atalhos. Os gestos externos precisam encontrar correspondência com a realidade interna. Tampouco há a chance da auto promoção (pois é atalho), só a promoção do Senhor. Na graça não há espaço para a mentira do ser. Nossos caminhos são frutos/resultados de nossas visões e motivações. As nossas visões distorcidas sempre nos levarão por caminhos tortuosos. O fruto colhido sempre será produto do tipo de árvore que somos de fato. A graça exige espontaneidade. Na graça ninguém é forçado a fazer nada que não seja espontâneo, verdadeiro. Visão distorcida da contribuição levou o casal à morte: Não se oferta para autopromoção/exaltação/admiração. Deus não está interessado em quanto damos, mas em quanto retivemos – Marcos 12:41-43. Na graça aprendemos que ser é de Deus, parecer é do diabo. O diabo é o pai da mentira. Os que optam por mentir ganham o diabo por pai. Precisamos saber que Deus vê tudo – Jó 34:21; Jeremias 12:3. Deus conhece tudo – Salmo 139:1-12. A igreja sempre será marcada pelos pecados de seus membros, portanto é frágil. Deus sempre tratará os pecados com seriedade, portanto os disciplinará. Aprendamos que o temor nos afasta de satanás, da hipocrisia e nos aproxima de Deus. O temor nos aproxima da verdade. Mentir para Deus, por mentir para a igreja, sempre leva a morte.

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