NIVALDO NASSIFF
2. Cobiça. É alguma coisa tremendamente interessante (pela maneira como age dentro de nós) e tremendamente PERIGOSA, pela maneira ao mesmo tempo sutil e violenta como nos domina. Cobiçar é desejar o que é do outro. Cobiça é irmã gêmea da INVEJA. É aquele desejo intenso de ter o que pertence a outra pessoa. Você queima por dentro, de vontade de ter o que não lhe pertence, por pensar (erroneamente) que você merece ter aquilo, muito mais do que a outra pessoa. Olhe o que a Bíblia diz sobre a cobiça: Êxodo 20:17. É MANDAMENTO do Senhor. É mandamento VÁLIDO, em VIGÊNCIA! A compulsão, associada à cobiça, se transformam numa poderosa arma contra os que por elas estão acorrentados. Ambas passam a DOMINAR os pensamentos e as bases do raciocínio, levando os cativos a racionalizações, que por estarem em bases “leprosadas”, fatalmente conduzirão os aprisionados à conclusões ERRADAS! Então o desastre se avizinha com intensa rapidez!
3. Racionalismo, conversa consigo mesmo. Esta “lepra interna” de Geazi, o levava a conversar com ele mesmo. Uma das piores coisas que acontecem na vida dos seres-humanos é a “conversa com seus botões”. Com uma frequência incrivelmente absurda, os nossos botões SEMPRE concordam conosco. Se você é dominado por uma compulsão qualquer, sempre que conversa com você mesmo, seus botões concordarão e o incentivarão à ação rapidamente. O alcoólatra diz a si mesmo:” hoje vou beber só um pouquinho, porque estou me sentindo forte”. Os botões logo respondem: “tá mesmo… “ihhh ocê tá forte demais, bebe sim…afinal só um pouquinho não fará mal a ninguém”. O dominado por baixa autoestima, pode dizer a si mesmo: “é… pra que continuar vivendo, eu não sirvo para nada mesmo”. E os “botões” logo completam: “pula ali daquele prédio”. Às vezes penso que, satanás não precisa fazer muito esforço para convencer o dominado pela compulsão, ou pela cobiça, a fazer nada de errado. O seus “botões” dão conta de o fazer.
4. Nacionalismo e pré-conceito racial. Parece-me que Geazi experimenta aquele tipo de nacionalismo exacerbado, exagerado, extremado. Parece que ele está conversando com os botões dele outra vez. Ali estavam os novos “racionalismos” de Geazi: “nenhuma outra raça é melhor do que a minha. Eu sou judeu; as outras nações são somente gentílicas. Este siro aí, não ficará sem pagar pela benção que recebeu de minha nação. Quem ele está pensando que é, vir aqui, ganhar esta cura maravilhosa e não deixar uma oferta bem gorda?”. Geazi se parece muito com certas pessoas que colocam estereótipos nos outros e em outras raças. De alguma maneira sutil e maliciosa, bem dentro de nós, existe um “pré-conceito” racial; não é verdade? Já nos pegamos com pensamentos tais quais: “ihhh estes japoneses; árabes, paraguaios, arrrgggennntiinnnos, americanos?” E, em cada uma destas raças, vestimos uma roupa identificadora: desconfiados, ladrões, falsificados, orgulhosos, imperialistas.
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